terça-feira, 26 de abril de 2011

Filme a História das Coisas!!!


O filme nos ajuda a compreender o mundo contemporâneo e os complexos problemas socioambientais atuais. Por fim, apresenta alternativas e soluções, sempre com um olhar de conjunto e uma abordagem socioambiental. É criativo, didático e esclarecedor. Vale a pena ser visto por todos!!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Texto: A Representação do Eu na Vida Cotidiana

Segundo Goffman a sociedade é baseada em papéis sociais, onde exite um público, um cenário e um ator. O ator deve desempenhar uma performance de acordo com o que deseja fazer o público entender, ou em alguns casos, este mesmo ator deseja que o público o aceite diante do cenário escolhido. Devido a suas escolhas de atuação, este ator se utiliza de uma imagem e uma conduta adequada na qual deseja induzir um olhar específico de seu público, que ao fazer a leitura, deve corresponder a devida lógica na qual o ator quer ser reconhecido.
O que pode ocorrer nestas atuações e nestes cenários, é uma possível contradição entre o que o ator deseja transmitir e no que ele não consegue controlar e transmite sem saber. O público capitando essas informações emitidas do autor, pode acatar tal leitura e incorporar ao cenário e usar isso como resposta das outras leituras induzidas anteriormente pelo autor, ou constatar que o autor é cínico, e portanto não pertence aquele cenário.
O cenário parece ser como um grupo social na qual o autor atua, este que ao mesmo tempo que é ator é a sua própria platéia, onde pode escolher pertencer a este cenário, via uma adequação das suas escolhas, conduta e figurino. O importante é manter a coerência diante de suas representações.
Goffman, afirma que a sociedade funciona através de certas características sociais em que possivelmente possa ser valorizado, e portanto, o indivíduo que possua ou interprete tais características deve ser de fato o que expressa.



Uma leitura do texto do autor Erving Goffman.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Depois de pensar, aja!


Assisti a um documentário escrito por Marcelo Masagão que despertou um sentimento, ou melhor, vários sentimentos em mim, acredito que poucas pessoas tenham acesso a esse filme, então divulgo aqui o trailer, pois ele nos faz pensar.
"Nós que aqui estamos, por vós esperamos" é um filme sem fala, apenas com imagens, algumas legendas com frases curtas, ou dados das pessoas que estão nas fotografias do século XX no mundo, com uma música de fundo que influencia o choro, a comoção, o choque.
Relacionando com as aulas de subjetividade e  com o texto "A representação do eu na vida cotidiana" podemos ver que pessoas simples são influenciadas pelos grandes eventos da sociedade, que agimos conforme a espectativa do próximo e as vezes perdemos nossa singularidade. O documentário me fez pensar em como as pessoas  perdem suas características quando fazem parte de um todo, quando morrem e viram estatística, quando fazem parte de uma fábrica, de um fato e nem sequer sabemos seus gostos, seus sonhos.
Imagens de guerra, morte, arte assim inicia o documentário, muda o dia, muda o estilo da arte, surge novas tecnologias, surge o mêtro, o telefone, Picasso, Freud, a física.
Vemos no século XX uma realidade que conservamos ainda hoje,esquecemos de ver as pessoas como seres humanos, seres pensantes. Elas eram tratas como números e assim ainda são, ainda trabalham exaustivamente como antes, não eram, e não são vistas com subjetividade, produzem e não possuem o produto, conforme foi ilustrado no filme com a foto de Alex Anderson que produzia carros na ford e nunca teve um.
Fotos de familias que morreram em guerras e ainda hoje acontece, porém as guerras são diferentes,são desastres naturais que matam, são acidentes de transito que tiram a vida de muitas famílias. Nos noticiarios ouvimos " MORRERAM 3 PESSOAS EM UM ACIDENTE HOJE", porém há uma frase no filme que me marcou e crítica a visão das pessoas como estatística, números, escrita por Cristian Boltaski:  "Numa guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay,
outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias...".
É mais de uma hora de imagens, de música, de momentos que nos emocionam, outros que nos revoltam, mas no fim, são um conjunto de fotografias que nos fazem pensar.
Ao mesmo tempo que mostrava a imagem do coveiro de um cemitério, havia a legenda de que ele jogava dominó nos domingos; quando mostrava um trabalhador no campo, que nunca teve acesso a televisão, a legenda de que ele gostava de coca cola, porém essas subjetividades, gostos, sonhos de cada um, nunca foram perguntadas, nunca ninguém teve interesse. Hoje, ainda é assim nas grandes empresas, o funcionário está lá para servir, para produzir ainda que o produto não chegue nas suas mãos, não importa o estado do cliente, desde que ele esteja comprando a mercadoria.
 Vivemos em um mundo de representações, de papéis, de fachadas, em que na fachada pessoal há a aparência e a maneira. Considerando aparência como definidora do status momentâneo do ser, e maneira como a forma de agir, podemos perceber que cada um tem a sua fachada, porém todos nós fazemos parte da mesma sociedade, todos nós temos a fachada de seres humanos, portanto deveríamos aceitar a todos,independende da aparência: se é empregado, se é chefe, se é vendedor, se é cliente, devemos
questionar a subjetividade de cada um, alcançando assim uma singularidade.
O documentário mostra que pequenas pessoas fizeram parte de uma grande história,
deveríamos nos preocupar mais com o nosso século para que se fosse feito um trabalho de imagens em cima dos nossos fatos, houvessem imagens de alegria, de crianças sendo educadas, de coscientização em relação a poluição, ao corte de árvores. Retomando o texto da postagem anterior, temos que relacionar as três ecologias, buscar o equilibrio, a subjetividade e singularidade.
O titulo do documentário é dado, pois a frase está escrita na fachada de um cemitério em São Paulo: "NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS" e de fato a única certeza da vida é a morte, porém podemos conservar o mundo, o bem-estar físico e mental e viver por muito mais tempo. É um documentário que fez chorar, fez sorrir, fez pensar, porém espero que ele nos faça agir, o mundo influencia quem somos, porém nós temos direito de lutar pelas singularidades.Termino com uma frase de Jean Paul Sartre : "Não importa o que fizeram do homem,mas sim o que ele faz daquilo que fizeram dele. "

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Vídeo 3 Ecologias




O vídeo foi usado em uma palestra para ilustrar o texto as três ecologias do Félix Guattari. Podemos ver a beleza da natureza, mas depois surgem as imagens chocantes do lixo, da deterioração causada pelo homem. Mostra o mundo em crise, do qual o autor fala. O vídeo expõe os dois lados da ecologia, mas não uma solução para termos predominância das imagens belas; segundo Guattari uma das possibilidades seria a relação entre as 3 ecologias: social, ecológica e mental. Falta conscientização da sociedade, mas o que pode ser feito? Diversas questões são trazidas, porém não são apresentados os processos para alcançar as respostas, no caso, o lado belo.
A sociedade tem vontades de mudar o mundo, mas acreditam que suas ideias são pequenas demais para resolver os problemas e que é apenas uma ideia, que não terá seguidores, porém essa parcela da população que tem o desejo de auxiliar para o bem ecológico, deve agir. No texto podemos ver que os movimentos singulares causam impacto na população. Devemos, portanto, acreditar que somos capazes de influenciar outras pessoas com nossas ideias e assim juntos resgatar o lado belo da natureza mostrado no vídeo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Texto: PSICOLOGIA NEWTONIANA (Capra)




O texto descreve o desenvolvimento da psicologia, desde Descartes, até a psicologia analítica.
Descartes(fig. 1) com seu modelo mecanicista via as pessoas como um relógio que deveriam ser tratadas por partes, peças. Os pré-socráticos falam da alma, de consciência, um dos mais importantes foi Platão(fig. 2) que falou da psique, ele engloba o físico e o mental, o que gera o problema mente-corpo. Hobbes e Locke contestam e defendem que as idéias são gravadas através das percepções sensoriais, visto que para eles nascemos com a mente vazia e adquirimos o conhecimento depois.
A psicologia moderna foi resultado dos avanços em anatomia e fisiologia, surge Pavlov(fig. 3) com os princípios dos reflexos condicionados. Wundt declara psicologia como ciência. Uma abordagem holística deu origem a duas escolas: Gestaltismo e funcionalismo. Representando o funcionalismo, William James dá ênfase ao estudo da consciência. Surge o Behaviorismo, fundado por John Watson, influenciado por Pavlov, estudavam o comportamento, o processo de aprendizagem, a partir da década de 50 Skinner(fig.4 ) tem sido o mais falado dessa escola; ele define a relação operacional de reforço e resposta. A psicanálise iniciou da psiquiatria, Freud (o pai da psicanálise) estudou com Charcot os métodos de hipnose aplicando nos pacientes com o auxilio de Breuer. Freud(fig. 5) foi mudando seus métodos, implantando outros conceitos à escola psicanalista.
Freud foi perdendo seus seguidores, pois não admitia que discordassem de sua teoria, o mais conhecido foi Jung(fig. 6). Jung separou-se de Freud e ainda que utilizando algumas teorias semelhantes, fundou a escola da Psicologia Analítica. Essa é a trajetória abordada por Capra no livro o ponto de mutação já citado em outras postagens.
Para finalizar, uma citação do texto de Capra relativo aos Behaviorismo:
“Tudo isso é, portanto, psicologia newtoniana por excelência, uma psicologia sem consciência, que reduz todo o comportamento a sequências mecânicas de respostas condicionadas que afirma que a única compreensão cientifica da natureza humana é aquela que permanece dentro da estrutura física e da biologia clássicas; uma psicologia, além disso, que reflete a preocupação de nossa cultura com a tecnologia manipulativa, criada para exercer domínio e controle.”

domingo, 3 de abril de 2011

As Três Ecologias

A ecosofia social consistirá, portanto, em desenvolver práticas específicas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da família, do contexto urbano, do trabalho etc. Certamente seria inconcebível pretender retornar a fórmulas anteriores, correspondentes a períodos nos quais, ao mesmo tempo, a densidade demográfica era mais fraca e a densidade das relações sociais mais forte que hoje. A questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser-em-grupo. E não somente pelas intervenções “comunicacionais” mas também por mutações existenciais que dizem respeito à essência da subjetividade. Nesse domínio, não nos ateríamos ás recomendações gerais mas faríamos funcionar práticas efetivas de experimentação tanto nos níveis micro-sociais quando em escalas institucionais maiores”.
(Guattari Felix. As três ecologias, pág.15, 16)


  O homem vem se deteriorando lentamente devido aos desequilíbrios ecológicos. Acidentes químicos e nucleares têm sido comuns e doenças incuráveis causam impacto cada vez maior na sociedade.
Guattari fala também das redes de parentesco diminuídas pelos fenômenos modernos de comunicação – que muitas vezes suplantam o convívio familiar.
  O autor aponta, já em 1997, a crise que estamos vivendo hoje. Os núcleos familiares apresentam novas configurações, os papéis de cada indivíduo dentro da família já não são definidos como na estrutura tradicional.
   Impõe-se, a partir dessa constatação, a questão dos novos territórios e como estes estabelecem relações. Por exemplo: filhos adolescentes que não interagem com a família, mas em seus quartos conseguem estabelecer laços afetivos com outras pessoas através do computador.
   Essa nova configuração familiar expressa o que o autor fala sobre a subjetividade: o homem é um ser psíquico envolvido e envolvente, não um objeto NO ou DO meio.
   É válido ressaltar o poder da mídia, a crise entre a potencialidade de produção humana e a produção de consumo, a falta de questionamentos. Para que possamos nos reinventar devemos abandonar esses modelos pré-determinados e pararmos de nos sentirmos existindo a partir daquilo que consumimos.
   Assim como não se pode fugir de tal realidade, cabe procurar novos meios para compreender esse processo de alienação permanente, possibilitando novas formas de singularidade, que não transformem indivíduos em dependentes de suas necessidades econômicas.
   O homem contemporâneo está mais vulnerável à influência da cultura de massa devido à incapacidade de mensurar a realidade como um todo.


sábado, 2 de abril de 2011

Filme: O Ponto de Mutação

A imagem é a capa do filme o Ponto de mutação, que mostra a visão mecanicista da época, o estudo das partes e do todo.
O filme é inspirado no livro O PONTO DE MUTAÇÃO escrito pelo físico Fritjof Capra, conforme já dito na publicação anterior no blog, o autor faz uma crítica à crise, as diversas áreas como a economia, psicologia, medicina, política, entre outras. Capra escreve sobre o alto custo de armas nucleares, algo que seria para trazer-nos segurança, acaba aumentando a probabilidade de uma destruição global; cita a energia nuclear que hoje temos consciência de que não é tão segura, limpa e nem barata quanto diziam; cita os materiais tóxicos e diversos outros aspectos de ameaça à humanidade.
O autor vê a crise como um aspecto de transformação relacionando com a idéia chinesa que usa o termo “wei-ji” que quer dizer crise e é composto por perigo e oportunidade. Para os filósofos chineses tudo o que ocorre é por um processo dinâmico entre dois pólos de força: o yin e o yang. O yin considerado o lado feminino, o lado da interação e o yang o lado masculino, o da autoridade. É considerado bom quando há o equilíbrio entre ambos. Nossa sociedade valoriza mais o lado yang, o lado agressivo, racional, competitivo, porém devemos mudar isto, devemos deixar de acreditar tanto na ciência (o racional, a crença na verdade) e procurar ver o mundo de acordo com outros olhares, ainda que não sejam comprovados cientificamente. Devemos segundo Capra, adotar enfoques holísticos e ecológicos.