“A ecosofia social consistirá, portanto, em desenvolver práticas específicas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da família, do contexto urbano, do trabalho etc. Certamente seria inconcebível pretender retornar a fórmulas anteriores, correspondentes a períodos nos quais, ao mesmo tempo, a densidade demográfica era mais fraca e a densidade das relações sociais mais forte que hoje. A questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser-em-grupo. E não somente pelas intervenções “comunicacionais” mas também por mutações existenciais que dizem respeito à essência da subjetividade. Nesse domínio, não nos ateríamos ás recomendações gerais mas faríamos funcionar práticas efetivas de experimentação tanto nos níveis micro-sociais quando em escalas institucionais maiores”.
(Guattari Felix. As três ecologias, pág.15, 16)
O homem vem se deteriorando lentamente devido aos desequilíbrios ecológicos. Acidentes químicos e nucleares têm sido comuns e doenças incuráveis causam impacto cada vez maior na sociedade.
Guattari fala também das redes de parentesco diminuídas pelos fenômenos modernos de comunicação – que muitas vezes suplantam o convívio familiar.
O autor aponta, já em 1997, a crise que estamos vivendo hoje. Os núcleos familiares apresentam novas configurações, os papéis de cada indivíduo dentro da família já não são definidos como na estrutura tradicional.
Impõe-se, a partir dessa constatação, a questão dos novos territórios e como estes estabelecem relações. Por exemplo: filhos adolescentes que não interagem com a família, mas em seus quartos conseguem estabelecer laços afetivos com outras pessoas através do computador.
Essa nova configuração familiar expressa o que o autor fala sobre a subjetividade: o homem é um ser psíquico envolvido e envolvente, não um objeto NO ou DO meio.
É válido ressaltar o poder da mídia, a crise entre a potencialidade de produção humana e a produção de consumo, a falta de questionamentos. Para que possamos nos reinventar devemos abandonar esses modelos pré-determinados e pararmos de nos sentirmos existindo a partir daquilo que consumimos.
Assim como não se pode fugir de tal realidade, cabe procurar novos meios para compreender esse processo de alienação permanente, possibilitando novas formas de singularidade, que não transformem indivíduos em dependentes de suas necessidades econômicas.
O homem contemporâneo está mais vulnerável à influência da cultura de massa devido à incapacidade de mensurar a realidade como um todo.
Pensando no texto visto em aula das 3 ecologias , poderia finalizar ou concluir que Guatarri fala:
ResponderExcluirPRECISAMOS DE UM MUNDO COM UMA SINGULARIDADE MAIS SOLIDÁRIA?
beijosss nati